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sexta-feira, 8 de abril de 2016

Vergonha na Cara

Uma das grandes cadeias de lojas de conveniência norte-americanas, a 7 Eleven, acaba de chegar às manchetes das publicações sobre assuntos econômicos por um motivo difícil de acreditar, ao menos para nós brasileiros. O CEO da empresa, o japonês Toshifumi Suzuki, de 83 anos, considerado a grande locomotiva do setor dos mini-mercados, pediu demissão. Até aí seria normal, não fosse ele deixar claro a razão que o levou a chegar a tal decisão: VERGONHA! 
Isso mesmo; um dos empresários mais poderosos e de maior prestígio do planeta pediu pra sair do comando da mega-corporação que comandava, porque foi passado pra trás por um concorrente do mundo dos negócios, numa transação interna do conselho de acionistas da empresa. 
Nas palavras de Suzuki: “…minha falta de virtude me deixou insuportavelmente envergonhado”. Pura e simplesmente isso. Uma pessoa detentora de um poder inimaginável à maioria dos mortais, morreu de vergonha, já que sair de cena aos 83 anos é um evidente suicídio de carreira.
Ainda tem gente neste nosso mundo que, independente do poder e da grana que amealhou, sente vergonha e considera indigno seguir no comando por não se achar merecedor do cargo.
Que inveja dos acionistas da 7 Eleven!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Estamos Em Obras

Lembram dessa plaquinha espalhada pelos 4 cantos do país nos tempos do Milagre Econômico? Claro que não… a maioria de vocês nem estavam nos planos de seus pais naquela época. Mas via-se muito essa plaquinha. Pois ela está aqui em casa, por força de uma reforma no banheiro.

Para fazer uma reforma são necessárias duas coisas básicas; ter claro um objetivo sabendo o que precisa ser feito e capacidade financeira para realizar a obra. Partindo dessas premissas, vai-se ao mercado descobre-se o valor dos materiais a serem utilizados, pede-se 3 orçamentos a profissionais capazes de executar a obra, faz-se as contas e toca-se a obra dentro das possibilidades do momento.

Entre as variáveis fixas e previsíveis, estão os preços de insumos e materiais. Entre as variáveis ocasionais estão os atrasos forçados pelas faltas dos prestadores do serviço contratado por uma eventual greve no transporte público da sua cidade. Mas existe um tipo de variável que é IM-PON-DE-RÁ-VEL e, por isso, além do planejamento e da capacidade financeira, é bom saber orar quando se faz uma obra. Pois somente com o apoio de forças além do nosso conhecimento, pode evitar ou driblar o imponderável.

Ontem, por exemplo, precisei sair no meio da tarde para buscar materiais que estavam faltando. Fui até uma loja de ferragens numa avenida aqui da Zona Sul de Porto Alegre e, enquanto manobrava o carro na calçada em frente à loja, tive o cuidado de deixar passar um pedestre antes de estacionar. Quando encerrei a manobra e finalmente adentrei o estabelecimento, aquele mesmo indivíduo já estava de saída e me cumprimentou ao cruzar por mim, caminhando tranquilamente rumo à rua. Pois eu, quando chego próximo aos atendentes da loja, reparo que estão todos transtornados, 2 deles chorando inclusive, em especial a menina do caixa. Eles acabavam de ser assaltados por aquele elemento…

Não consegui efetuar minhas compras. O trauma impediu os vendedores me atenderem. O imponderável havia me atingido e, por uma dessas estranhas e adoráveis forças que conspiram a nosso favor, perdi alguns segundos a mais na calçada e cheguei atrasado ao infortúnio. Saí ileso e sem prejuízos, rumo a outra loja onde pudesse fazer minhas compras.

Lembre-se sempre do poder desta variável chamada “O Imponderável”. Ela pode ser a diferença entre a aniquilação repentina do seu projeto. Lembre-se de rezar para que ele não o atinja. Isso pode ser o diferencial que vai mantê-lo vivo para concluir sua obra.

É isto. Já que não temos segurança neste país em que vivemos, só nos resta rezar..!